terça-feira, 21 de junho de 2011

Download Nosso Lar - O Filme


Filme dos Espíritos lança seu trailer oficial!

 Com um minuto de duração, o trailer aborda a delicada questão do suicídio, e a descoberta de O Livro dos Espíritos em uma jornada de autoconhecimento e transformação. Distribuído pela Paris Filmes, tem atuação de Ana Rosa e Nelson Xavier.



Medicina reconhece obsessão espiritual

 Por Dr. Sérgio Felipe de Oliveira*
 
A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. 
No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.
 
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: iológico, psicológico e espiritual.
 
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
 
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
 
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
 
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.
 
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.


O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.


Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (HOJE OBRIGATÓRIA) de Medicina e Espiritualidade.
 
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
 
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
 
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
 
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.


*Dr. Sérgio Felipe é médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP.
 
Artigo retirado do site da FEB.

Conheça um pouco sobre Allan Kardec

Hippolyte Léon Denizard Rivail, nasceu em  outubro de 1804 na cidade de Lião – França.   Nasceu em uma família Católica, mas foi educado na Escola de Pestalozzi em Yverdon les Bains na Suíça, um país protestante. Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras. Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu país natal. Em 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet. Em 1824, retornou a Paris e publicou um plano para aperfeiçoamento do ensino público. Foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das "mesas girantes", através do seu amigo Fortier. Sem dar muita atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao magnetismo, só em maio de 1855 sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a frequentar reuniões em que tais fenômenos se produziam. Durante este período, também tomou conhecimento do fenômeno da escrita mediúnica, e assim passou a se comunicar com os espíritos. Um desses espíritos passa a orientar os seus trabalhos. Mais tarde, este espírito iria lhe informar que já o conhecia no tempo das Gáleas, com o nome de Allan Kardec. Assim, Rivail passa a adotar este pseudônimo, sob o qual publicou as obras da Doutrina Espírita. Convencendo-se de que o movimento e as respostas complexas das mesas deviam-se à intervenção de espíritos, Kardec dedicou-se à estruturação compreensão da realidade baseada na necessidade de integração entre os conhecimentos científico, filosófico e moral. Tendo iniciado a publicação das obras da Codificação em 18 de abril de 1857, quando veio à luz O Livro dos Espíritos, após o lançamento da Revista Espírita (1 de janeiro de 1858), fundou a  Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Em janeiro de 1861 publicou O Livro dos Médiuns; em abril de 1864 publicou O Evangelho segundo o Espiritismo; em agosto de 1865 publicou O Céu e o Inferno; em janeiro de 1868 publicou A Gênese. Desencarnou em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade, em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo. Seu último corpo material que temos notícia está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, em Paris.

Comunicações Mediúnicas: Fenômenos e Filosofia Espírita são inseparáveis

As comunicações mediúnicas servem para revelar a realidade da vida para além-túmulo. E há outros fins subsequentes: a espiritualização do homem, o aperfeiçoamento moral, a reabilitação do médium, se é um elemento faltoso ou comprometido com um passado negligente ou delituoso. O fenômeno mediúnico, que é o objeto do Espiritismo, obedece a leis que fogem ao “controle” dos instrumentos materiais.
Se é um fenômeno de natureza diferente, regido por leis inerentes a outro plano, embora não sejam leis imaginárias; se as relações entre “vivos” e “mortos” estão sujeitas, em todos os casos, a princípios de ordem moral, embora nem todos levem em conta esse aspecto, mas o Espiritismo dá muito relevo ao fator moral, que é decisivo, naturalmente há implicações filosóficas.
A visão do mundo espiritual através da fenomenologia de “ além túmulo” induz  a inteligência indagadora a questões mais sutis e elevadas, segundo as inclinações pessoais. São inevitáveis, a esta altura, as preocupações com o destino, a vida futura, etc. É uma decorrência lógica.
 
E tudo isso, afinal de contas, não nos leva a questões de ordem filosófica e religiosa pela sequência mesma do raciocínio inquiridor? Forçosamente. Como falar em vida futura, em destino da vida sem pensar em Deus, como “causa primária de todas as coisas”? E tudo isso não é consequência do ponto de partida – a sobrevivência do espírito – revelada pelas comunicações? Justamente por isso, o corpo da Doutrina constitui uma sequência de princípios em que se conjugam questões filosóficas com repercussões na esfera da religião, da moral, da vida social e assim por diante. Cada qual, evidentemente, optará por este ou aquele ângulo, que lhe seja mais preferido, mas a Doutrina é um todo, é uma construção íntegra.
Não possível, pois, separar o fenômeno, formando uma ciência espírita à parte, e criar uma filosofia espírita somente com a Doutrina. Há uma conexão geral. As escolas de metapsíquica tentaram reduzir o fenômeno mediúnico a uma disciplina experimental sem qualquer posição filosófica, sem a menor interferência no problema da existência de Deus, por exemplo. Que fizeram até hoje? A experiência pura, sem o sentido de um finalismo mais elevado, pode cair na saturação, na rotina, sem qualquer influência ponderável na transformação do homem. O Espiritismo não pode ser “enquadrado” nesta esquematização. Não há discrepância, portanto, no fato de haver aspectos diversos na constituição da Doutrina Espirita. Não nos esqueçamos de que o Espiritismo participa, ao mesmo tempo, da revelação humana e da revelação divina, como disse Allan Kardec.
O Espiritismo não é um fenômeno histórico, é uma intervenção do mundo espiritual. Não é “fenômeno histórico”, porque não é fruto de uma sociedade ou de uma época, não está sujeito a contingências temporais. È verdade que o mundo espiritual acompanha a marcha da História e as transições sociais, mas não se subordina aos condicionamentos terrenos. Logo, a estrutura da Doutrina é coerente em si mesma, não pode ser desmembrada.





(...) Conduzindo á Terra pelos fenômenos mediúnicos, o Espiritismo não veio combater nem destituir, mas veio superar muita coisa pela renovação das ideias, de costumes, de hábitos mentais. Quem chega ao Espiritismo depois de outras experiências, quem penetra no pensamento da Doutrina sabe muito bem que a adoração verdadeira é a do coração. A mensagem do Espiritismo traz o esclarecimento do espírito; e, á proporção que o espírito enriquece, também alarga sua visão do mundo e das coisas e, por isso mesmo, vai deixando o culto material, que é puramente exterior, e procurando integrar-se naturalmente nos valores espirituais. Isto não se realiza por imposição nem por medo, mas pela compreensão, gradativamente. O que não é possível é justificar um “ritual espírita”, simplesmente porque muita gente ainda necessita de “certas coisas”. Ficaríamos num círculo vicioso.
O Espiritismo veio trazer e fazer mais do que já existia. Se o Espiritismo tivesse vindo para se acomodar atudo quanto se faz; se tivesse aceitado todas as ideias, todas as concepções que encontrou na Terra, Naturalmente o ensino dos Espíritos não teria razão de ser. Seria o caso de perguntar afinal, a que veio o Espiritismo?  Veio esclarecer, veio renovar, ou veio apenas para deixar tudo como está? Qual seria, neste caso, o objetivo da Doutrina? Não. O Espiritismo è renovador.  
 Deolindo Amorim